
No primeiro dia de faculdade, no meio do trote - quando eu ainda estava com quilos de tinta branca no rosto, cabelos mal raspados, cueca por cima da calça e os sapatos Deus sabe onde, e ela com seu rosto verde, soutien por cima da camiseta com estampa de uma onça, cabelos imensos cheios de mechas de tinta guache - eu já soube: aquela doida que se divertia em levar trote era a pessoa perfeita pra fazer amizade naquela terra estranha, cheia de gente ainda estranhas, naquela situação ainda mais estranha.
A pessoa perfeita pra se divertir comigo nos próximos 4 anos.
Nosso primeiro diálogo:
_Oi. Você está tão verde hoje...
Acertei em cheio! Não lembro a resposta mas lembro que foi algo que provocou nossa primeira gargalhada juntos (das incontáveis milhares posteriores).
Só me enganei em uma coisa: não foi só pros 4 anos, é amiga pra vida inteira.
E hoje eu a amo e admiro como a poucas pessoas.
Lu, como disse o Dudu:
"THE BEST MARIAGE EVER!!!!" rs
Já combinei com a sua irmã: se o Rafa vacilar, a gente mata ele... lentamente!
Juro que eu supero minha fraqueza em ver sangue pra ver o dele escorrer até a última gota!
Hushuashuahsauashuas!
Teamonoivadoano!
Geralmente só transcrevo a estrofe do poema que emoldura a foto, mas hoje, a ocasião merece o poema completo.
Soneto CXVI - Shakespeare
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfanje não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
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